Devido as doenças cardiovasculares serem a maior causa de morte em homens e mulheres idosas, o efeito do treinamento de endurance sobre os fatores de risco para doenças cardiovasculares é de fundamental importância. Estudos transversais e de intervenção em indivíduos idosos consistentemente indicam que o treinamento de endurance é associado com menores níveis no jejum e insulina plasmática estimulada pela glicose, assim como uma melhora da tolerância a glicose (se inicialmente reduzida) e sensibilidade a insulina. Pessoas idosas não obtêm as mesmas melhoras nos níveis de insulina e sensibilidade a insulina após o exercício agudo como o adulto jovem.
Embora , isto possa ser devido a sua reduzida
capacidade de exercício, resultando num menor dispêndio calórico durante
o exercício agudo, como vários dias consecutivos deste mesmo exercício
melhoram os níveis e a sensibilidade da insulina em indivíduos idosos.
As melhoras no metabolismo da insulina e da glicose são evidentes nas
pessoas idosas antes mesmo de ocorrerem alterações no peso ou na
composição corporal.
O
treinamento de endurance parece reduzir a pressão arterial da mesma
maneira no idoso hipertenso como no adulto jovem hipertenso, embora
nenhum estudo tenha verificado diretamente esta questão. Um estudo
realizado com idosos hipertensos registrou que o treinamento a 50% do
VO2máx promove diminuição na pressão arterial igual ou maior que o
treinamento a 70%.
Em um segundo estudo com idosos hipertensos, o
treinamento a 40-50% do VO2máx reduziu a pressão arterial, contudo em
subsequente treinamento a 50-60% do VO2máx a pressão arterial reduziu
pouco. Portanto, parece que o treinamento de intensidade leve a moderada
é efetivo para reduzir a pressão arterialem indivíduos idosos
hipertensos.
Os poucos dados disponíveis geralmente suportam a
conclusão que indivíduos idosos melhoram o perfil das lipoproteínas
lípidicas plasmáticas com o treinamento. Entretanto, estas alterações
são secundárias as reduções induzidas pelo treinamento nos estoques de
gordura corporal. As melhoras são geralmente similares à aquelas
verificadas no adulto jovem e incluem incremento nos níveis de
colesterol plasmático de HDL e HDL-2 e decréscimo nos níveis plasmáticos
de triglicerídeos e na relação colesterol: HDL.
A composição corporal também melhora com o treinamento de
endurance de modo similar no indivíduo idoso e no adulto jovem. A
alteração mais consistente é uma redução de 1 a 4% na porcentagem de
gordura corporal total com o exercício em sujeitos idosos, mesmo se o
peso corporal é mantido. Além disso, um estudo registrou que a gordura
intra-abdominal decresceu 25% no homem idoso que perdeu apenas 2,5kg de
peso corporal com o exercício. Esta descoberta é especialmente
importante para o homem idoso pelo fato da gordura intra-abdominal ser o
depósito de gordura corporal que mais incrementa com o avanço da idade e
estar associada com outros fatores de risco para doenças
cardiovasculares.REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
American College of Sports Medicine. Guidelines for Exercise Testing and Prescription,
6th, Ed. Baltimore: Wilkins and Wilkins, 1-373, 2000
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