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domingo, 29 de abril de 2012

Efeito do treinamento de endurance sobre os fatores de risco de doenças cardiovasculares em indivíduos idosos saudáveis

Fonte: http://www.alexandrelevangelista.com.br/blog/
Devido as doenças cardiovasculares serem a maior causa de morte em homens e mulheres idosas, o efeito do treinamento de endurance sobre os fatores de risco para doenças cardiovasculares é de fundamental importância. Estudos transversais e de intervenção em indivíduos idosos consistentemente indicam que o treinamento de endurance é associado com menores níveis no jejum e insulina plasmática estimulada pela glicose, assim como uma melhora da tolerância a glicose (se inicialmente reduzida) e sensibilidade a insulina. Pessoas idosas não obtêm as mesmas melhoras nos níveis de insulina e sensibilidade a insulina após o exercício agudo como o adulto jovem.
Embora , isto possa ser devido a sua reduzida capacidade de exercício, resultando num menor dispêndio calórico durante o exercício agudo, como vários dias consecutivos deste mesmo exercício melhoram os níveis e a sensibilidade da insulina em indivíduos idosos. As melhoras no metabolismo da insulina e da glicose são evidentes nas pessoas idosas antes mesmo de ocorrerem alterações no peso ou na composição corporal.
O treinamento de endurance parece reduzir a pressão arterial da mesma maneira no idoso hipertenso como no adulto jovem hipertenso, embora nenhum estudo tenha verificado diretamente esta questão. Um estudo realizado com idosos hipertensos registrou que o treinamento a 50% do VO2máx promove diminuição na pressão arterial igual ou maior que o treinamento a 70%.
Em um segundo estudo com idosos hipertensos, o treinamento a 40-50% do VO2máx reduziu a pressão arterial, contudo em subsequente treinamento a 50-60% do VO2máx a pressão arterial reduziu pouco. Portanto, parece que o treinamento de intensidade leve a moderada é efetivo para reduzir a pressão arterialem indivíduos idosos hipertensos.
Os poucos dados disponíveis geralmente suportam a conclusão que indivíduos idosos melhoram o perfil das lipoproteínas lípidicas plasmáticas com o treinamento. Entretanto, estas alterações são secundárias as reduções induzidas pelo treinamento nos estoques de gordura corporal. As melhoras são geralmente similares à aquelas verificadas no adulto jovem e incluem incremento nos níveis de colesterol plasmático de HDL e HDL-2 e decréscimo nos níveis plasmáticos de triglicerídeos e na relação colesterol: HDL.
A composição corporal também melhora com o treinamento de endurance de modo similar no indivíduo idoso e no adulto jovem. A alteração mais consistente é uma redução de 1 a 4% na porcentagem de gordura corporal total com o exercício em sujeitos idosos, mesmo se o peso corporal é mantido. Além disso, um estudo registrou que a gordura intra-abdominal decresceu 25% no homem idoso que perdeu apenas 2,5kg de peso corporal com o exercício. Esta descoberta é especialmente importante para o homem idoso pelo fato da gordura intra-abdominal ser o depósito de gordura corporal que mais incrementa com o avanço da idade e estar associada com outros fatores de risco para doenças cardiovasculares.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
American College of Sports Medicine. Guidelines for Exercise Testing and Prescription,
6th, Ed. Baltimore: Wilkins and Wilkins, 1-373, 2000

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